Bem vindos novamente ao nosso canto
Aqui, mais uma vez, vamos falar de problemas que encontramos ao lidar diariamente com a área da Psicologia. Esta leitura serve para todas as pessoas, sejam estas da profissão ou mesmo que nada tenham a ver com a profissão.
Bem, digo isto por uma simples razão, todos nós podemos ir ou já fomos ao psicólogo, todos por diferentes razões mas cada uma com o seu significado específico. E já nos deparamos com a ânsia de ir a esta especialidade. Os que seguiram o Blog desde o início vão lembrar-se de um post que remete para o que é um Psicólogo (Post - Psi ... quê). http://ligacoesneuronais.blogspot.pt/2013/11/psique.html
Hoje não vou explicar qual é a função do Psicólogo, uma vez que isso já foi discutido aqui por nós, vou sim, tentar explicar a razão deste medo ou ansiedade subjacente ao ir ao psicólogo (pelo menos mostrar o meu ponto de vista).
Quando era criança tinha medo de ir ao médico, porque as minhas idas ao mesmo eram sempre acompanhadas pelas famosas "picas do Sr.º Doutor", não sabia bem o porque de levar "picas" só sabia que odiava ter de ser furado por uma seringa e como algumas crianças chorava para ver se me safava. Isto veio a propósito do nervosismo que muitas pessoas apresentam da ida ao Psicólogo, qual será a razão por detrás de algo que parece ser inofensivo??
"Pois. inofensivo nunca é porque se existem problemas estes é bom que sejam resolvidos ... bem e se não forem? ... olha que não quero ter nada de especial ... e se for a doença do alemão (Alzheimer)? Ai que ainda fico chéché e depois não dou com nada"
Pronto assim descobrimos uma das razões que levam as pessoas a ter medo dos Psicólogos, ou seja, é o medo de se entrar são da vida e sair de lá com uma coisa incurável ou impossível de suportar durante a vida.
Isto é uma realidade minha gente podemos estar muito bem de uma perna num dia e estar a ser operado à mesma perna no dia a seguir (Esta é para ti Bernardo). Da mesma forma podemos estar muito bem da nossa saúde mental numa dada altura e passar a ter alguma perturbação que possa condicionar o resto da nossa vida, mas isso é como todas as coisas da vida.
Outra razão pode estar associada ao medo de ir ao Psicólogo será .... o Psicólogo. Bem é verdade, o que lemos nos livros e o que somos no trabalho são duas coisas muito diferentes, podemos ser ótimos alunos mas terríveis profissionais, daqueles que inventam doenças novas ou daqueles que estão sem paciência para nos atender e dizem " à não sejas tolo que isso passa" ou coisas do género.
Todos nós gostamos de ser bem atendidos sendo no restaurante ou no médico, se na primeira vez que vamos ao Psicólogo este ou ignora um problema nosso ou nos trata mal é bem possível que nunca mais ponhamos lá os pés. E assim quando nos dizem se conhecemos algum Psicólogo a única coisa que nos vai passar pela cabeça é "UI QUE MEDO! Deixa lá isso que eles são umas bestas".
A realidade atual é que muitos profissionais na área da saúde são autênticos irresponsáveis que estão a borrifar-se para aquilo que fazem, acabam por jogar com a vida das pessoas como se nada de importante fosse. Dito isto também quero referir que nem todos são assim é preciso ter a noção de com quem estamos a lidar, assim aconselho a que tenham atenção a qualquer coisa como um abuso verbal ou emocional que sofram e que façam queixa, porque ninguém merece ser menosprezado durante uma situação de fragilidade.
Por fim tenho que referir que outra razão para se ter medo é devido ao desconhecimento do que é que faz um Psicólogo... mas isto está desvendado no post "Psi...quê" escrito pelo Tiago. http://ligacoesneuronais.blogspot.pt/2013/11/psique.html
Estas são as minhas opiniões sobre o assunto, quero saber que razões conhecem que levam as pessoas a evitar ou adiar a sua ida ao Psicólogo. Por isso comentem e partilhem entre amigos. AH e SUBSCREVAM, queremos levar isso ao máximo de pessoas possível por isso ajudem lá a dar um salto nisto, que agradecemos.
Pronto aqui ficamos e teremos mais para a semana.
Obrigado a todos e uma boa semana :)
João Pedro Lopes
Este é um blog que pretende associar as notícias no mundo da psicologia e neuropsicologia de uma forma interessante e de fácil compreensão para todos os públicos, fazendo muitas vezes a ponte de comparação com situações do dia-a-dia.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
sábado, 30 de novembro de 2013
Mais do que...
Olá!! =)
Espero que estejam a gostar dos temas que temos trazido para aqui, e não se esqueçam que estão sempre à vontade para fazer pedidos e dar ideias... como o João diz só não damos é $$$ LOOL
Este post que aqui partilho convosco é como
que um desabafo, uma reflexão acerca da prática em psicologia clínica. E nisto
gostaria de partilhar uma frase que li num livro, e que me deu muito que pensar…
Espero que gostem, que nós também gostaríamos muito de ouvir a vossa opinião!!
Ao explorar um capítulo de um livro que desenvolvia a
temática da forma como são efectuados os pagamentos de consultas na prática
clínica privada, deparei-me com uma expressão deveras intrigante e que dá pano
para mangas em termos de reflexão. Remetia para o trabalho do psicólogo, como
se interpretado como a de uma venda de o tempo da vida de uma pessoa para a
escuta e validação das emoções de uma pessoa, o cliente.
“Prostituição emocional”
Era esta a expressão utilizada… E ui, muito
me deu que pensar!
De facto, na prática privada em psicologia,
o psicólogo presta um serviço especializado, pago pelo cliente consoante os
procedimentos realizados, e o tempo despendido neste processo… e ai você diz
“pois.. uma prostituta também!” Mas calma que já explico o meu
descontentamento, pois acredito que esta expressão reflicta a percepção que é
tida por muitas pessoas, em relação aos psicólogos (especificamente os da
prática clínica).
Em geral, quase todos os pacientes que
acompanhei ao longo do meu estágio vinham com uma ideia pré-estabelecida acerca
do trabalho desenvolvido pelo psicólogo. O estereótipo, passemos a palavra, de
que o psicólogo é alguém que está ali para escutar e dar apoio emocional. Até
agora tudo bem, e concordo plenamente com esta parte… O que não concordo passa
pela segunda assunção subjacente a este preconceito, e que se remete para a
passividade com que é visto o trabalho do psicólogo clínico, que apenas serve
para ouvir as pessoas, e que é a partir deste trabalho de escuta que se
desenvolvem os ganhos terapêuticos.
Nenhum psicólogo deve ser visto como um
prostituto emocional, vendendo o seu tempo e atenção em troca de dinheiro… Deve,
sim, desempenhar um trabalho especializado, com uma metodologia própria e nunca
passiva ou inerte. E TRABALHO implica ACTIVIDADE, DINAMISMO!
Um par de ouvidos muito não consegue fazer... Não se faz a mudança pela escuta, mas é através do diálogo e pelo questionamento das crenças do outro, que o podemos levar à mudança, mas não só. Não importa o enquadramento teórico, psicodinâmico, cognitivo ou comportamental, sempre podemos ser guias, professores, encaminhando o paciente para o melhor caminho. Um caminho percorrido pelos que têm a coragem de dizer “SIM, EU QUERO, EU VOU FAZER”.
Concluindo, quero apenas re-afirmar que a
terapia funciona, mas apenas quando Psicólogo e Cliente trabalham em conjunto.
Nunca é um processo unilateral, nunca é passivo. Apenas através da aliança
terapêutica e trabalho cooperativo existe mudança.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Faz favor ter um pouco de Stress
Bem vindo de novo
A pedido de uma das nossas leitoras decidimos escrever sobre um tema muito conhecido por todos (Obrigado Dalila).
Ficamos com a ideia que todos os dias são um STRESS... pois na realidade chegamos cansados a casa mesmo se aquilo que fizemos todo o dia foi ouvir um professor ou sentados numa secretária a fazer o nosso trabalho. Bem se percorrermos o nosso dia podemos ver que desde o momento em que acordamos estamos sempre a mexer... e fazemos isto e o patrão manda fazer aquilo, e depois o professor diz que temos mais um trabalho, e depois temos mais aquilo e ... UFA. Chegamos a casa exaustos mas sem bem perceber porquê.
Obviamente que todos os trabalhos são diferentes, uns são mais cansativos que outros, mas todos exigem que saibamos nos mexer, ou seja, parado é que não se trabalha.
Claro que quando estamos nessa lida da vida diária não pensamos em muita coisa apenas fazemos... mas quando surge um imprevisto à nossa rotina começamos a entrar em curto circuito. É a isto que chamamos de STRESS. Por exemplo o patrão ralha connosco por algum erro nosso ou por algo que nos esquecemos de fazer começamos a entrar em sobrecarga porque temos mais uma coisa para lidar e que foge à rotina do costume.
Ora isto vai levar a dois caminhos pelos quais já devem ter passado muitas vezes
1º - Começamos a pensar naquilo que temos de endireitar... ainda estamos um pouco frustrados porque o patrão acabou de nos encher a cabeça... pensamos mais um pouco e acabamos por descobrir que o jantar vai ser lá para a 11 horas da noite... pensamos mais um pouco e vemos que aquela saída que tínhamos combinado está por água a baixo... e começamos a entrar em descarrilamento de tanto pensar, acabando por ir abaixo de uma forma ou de outra, alguns choram, outros gritam, outros desistem etc... Cada um reage à sua maneira.
2º - Agora imaginem a mesma situação em que começamos a pensar naquilo que temos de fazer a mais... e fazemos algumas mudanças aos nossos planos com muito sacrifício..... e agimos...
A segunda parte parece muito mais simples não é?
Pois, no entanto as duas exigem como força de motivação principal o STRESS, o que quero dizer com isto?
Bem, como já disse todos nós conheçemos e já sentimos na pele o que é estar "Stressado" com alguma coisa, mas na maioria das vezes só damos com esta sensação quando as coisas correm assim para o torto. Isto é quando o stress é tanto que acabamos por colapsar em nós mesmos seja a chorar a gritar ou a partir alguma coisa. Os cientistas chamam este fenómeno o DISTRESS (Origina do inglês e significa literalmente aflição).
Na segunda situação podemos pensar que ali não existe Stress, no entanto ele está lá, porque sem ele nunca conseguiríamos avançar para resolver o nosso problema.
Agora atenção os níveis de stress é que estão num ponto que nos leva a ficar suficientemente preocupados sem ficarmos AFLITOS (DISTRESS). Esta situação os investigadores designam de EUSTRESS (Vem da palavra grega "eu" significa bom), onde existe um nível de preocupação que nos obrigada a ser eficazes naquilo que estamos a fazer.
Bem então depois disto digam lá que o stress não é bom. É muitas vezes é em situações de perigo que este mecanismo vem nos salvar fazendo com que o nosso organismo reaja perante o problema em questão.
Um aspecto que devemos ter em conta em relação ao stress, ou ansiedade, é que existe uma ligação muito forte entre ela e uma das nossas emoções mais básicas.
Ora vejamos então, quando andamos stressados, o nosso ritmo cardíaco anda acelerado, respiramos mais rápido, sentimo-nos ameaçados… não eram essas mesmas sensações que os nossos antepassados experienciavam sempre que tinham de ir à caça, ou fugir de predadores que ameaçavam as suas vidas?
Pois bem, as ameaças mudaram e o risco de vida já não é tão eminente, mas isso não nos impede de sentir “ameaçados” no nosso dia-a-dia, quando as nossas expectativas não se concretizam, ou os desafios da vida trazem ao de cima as nossas inseguranças. Assim, podemos definir o stress como a sensação de ameaça, insegurança, tensão e medo, mesmo quando não existe ameaça directa à nossa vida.
Mais uma vez queremos agradecer a todos os que nos acompanham e façam como a Dalila que nos enviou um comentário e viu o seu pedido concretizado (só não damos é €€€) :)
Cumprimentos a todos e até à próxima
João Lopes e Tiago Medeiros
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Psi...quê?
Olá! Seja
bem-vindo de novo!
Antes de
mais gostava mesmo muito de agradecer em meu nome e pelo João pelo apoio que
temos recebido e pelo feedback positivo sobre este blog. Não recebemos nada em
troca, mas são os gostos, partilhas e os comentários que recebemos que nos alimentam
a auto-estima e nos motivam a continuar a desenvolver este nosso pequeno-grande
projecto. Por isso e antes de mais, o nosso muito obrigado, fique connosco para
mais um tópico interessantíssimo na área da Psicologia!
Mas antes de
falarmos do trabalho do Psicólogo especificamente, acredito que primeiro temos que rebobinar um bocadinho a cassete e
tentar perceber o que é esta coisa da Psicologia. Toda a gente fala ou já ouviu
falar sobre ela de uma forma ou de outra, mas ainda existem muitas concepções
erradas e mitos que é sempre bom desvendar e clarificar.
Durante
séculos, a Psicologia debateu-se com dificuldades em afirmar-se enquanto uma
ciência, devido ao seu (complexo e difícil de compreender) alvo de estudo: a
Mente Humana. Pois bem, o que até fazia sentido... Se formos a ver, nas
ciências empíricas como a matemática, física, química, enfim, existe sempre a necessidade
de medir o que estamos a estudar, quantificar, analisar objectivamente… e ai se
coloca a questão que durante séculos torturou muitas cabecinhas: «Mas como é
possível “medir” a mente humana?»
Pois bem,
não sabemos o que o futuro e a evolução da tecnologia nos reservam, mas até ao
dia de hoje ainda não somos capazes de medir ou quantificar os nossos
pensamentos… de colocar uma ideia, emoção ou sentimento num tubo de ensaio e analisar
o seu conteúdo… de olhar a raiva e a tristeza através de um microscópio, e
transformar essas emoções negativas em alegria e bem-estar como se de reagentes
químicos se tratassem. Mas apesar das limitações que o nosso alvo de estudo nos
impõe, isso não constitui impedimento ao Psicólogo comum.
O conteúdo
da Mente Humana é inacessível por meios directos, mas o seu fruto... os comportamentos,
estes são observáveis, e isso sim dá para “medir”! Houve quem se apercebeu disso, permitindo
instituir a Psicologia enquanto a ciência que estuda o funcionamento mental,
através do comportamento Humano.
OK, mas
chega de teoria e passemos então à prática! Então afinal o que é, e o que faz
um Psicólogo?
Todos nós
possuímos uma ideia acerca do que é um psicólogo. No entanto, e devido
principalmente à imagem passada pelos meios de comunicação social, é normal que
não exista um consenso global sobre a função que ele desempenha. Isso, aliado à
multidiversidade de contextos, especialidades, e funções que podem ser
desempenhadas por psicólogos não ajuda certamente à árdua tarefa de perceber
afinal qual é a sua função… Mas não se preocupe, até eu fico confuso às vezes!
Vamos lá tentar então.
A Psicologia
insere-se em muitos contextos: comunitária, trabalho e organizações, clínica,
neuropsicologia, educacional, gerontopsicologia… enfim! E devido a isso, faz
todo o sentido que as pessoas muitas vezes não tenham uma noção muito certa
sobre qual é o trabalho do Psicólogo (ora pois, nós somos tantos e fazemos de
tudo!).
Na minha
opinião, o objectivo do Psicólogo (independentemente da sua especialidade) é permitir
ao cliente desenvolver as suas capacidades e aptidões, superar as suas
dificuldades, e acima de tudo adaptar-se à adversidade, adquirindo assim um
maior nível de bem-estar. De certa forma, é fornecer as “ferramentas”
necessárias para ser melhor pessoa… É um amigo, um professor, treinador, mas acima de tudo um agente de mudança, quando ela é necessária e
desejada.
E para
acabar, quero apenas acrescentar uma coisinha muito rapidinha: Não é preciso
estar doente para recorrer ao Psicólogo. Basta apenas pensar que todos nós
temos problemas, e de vez em quando é preciso uma mãozinha para ajudar… É uma
parte inevitável das nossas vidas, quer queiramos quer não.
E lembre-se,
para um Psicólogo não existe um problema sem solução ou caminho sem saída. Apenas é preciso procurar melhor às vezes. Seja
feliz!
Abreijos!
Tiago
Medeiros
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Deus Ex Machina
Olá e seja bem vindo!
A "máquina" humana tem vindo a evoluir ao longo de milhões de anos, passando por provas de ferro e fogo onde a nossa audácia foi constantemente testada levando o nosso corpo a desenvolver capacidades de resistência e força internas fenomenais tudo isto com um fim único....
A sobrevivência da espécie
Bem esta sobrevivência e este caminhar na evolução trouxe coisas maravilhosas como todo o tipo de conquistas espantosas... A capacidade de ir ao espaço .... Obras de Arte e Arquitetura surrealistas... benefícios médicos imagináveis etc... No entanto esta evolução também apresenta um lado negro e mais real do que pensamos, com isto quero dizer que a nossa evolução como organismo levou-nos a desenvolver novas patologias que em gerações passadas não existiam. Estou a falar de doenças como o Cancro, Alzheimer, Parkinson, o vírus do VIH entre muitas outras.
No campo da Saúde travam-se batalhas constantes para lidar com estas epidemias do nosso século, todos os que trabalham na área da saúde sabem como é lidar diariamente com o aumentar destes problemas de saúde pública. E para o bem da humanidade estamos a assistir cada vez a mais melhorias nestes campos com o desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas que combatem ativamente o desenvolvimento destas patologias.
No campo da Saúde travam-se batalhas constantes para lidar com estas epidemias do nosso século, todos os que trabalham na área da saúde sabem como é lidar diariamente com o aumentar destes problemas de saúde pública. E para o bem da humanidade estamos a assistir cada vez a mais melhorias nestes campos com o desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas que combatem ativamente o desenvolvimento destas patologias.
Podemos comentar que ainda não existem curas mas o caminho trilhado para lá chegar ainda demorará a ser concluído.
Estimulação Cerebral Profunda (ECP) é um dos exemplos de tratamentos que apresento aqui. Estas operações são realizadas para diminuir os sintomas motores da Doença de Parkinson, para tratar a Epilepsia ou para tratar alguns dos sintomas na Bipolaridade.
Isto representa a conjugação de
áreas como a engenharia e a medicina, onde o resultado é um mecanismo
composto por uma bateria ligada a um elétrodo, que está colocado perto do
núcleo sub-talamico, que por sua vez ao estimular este núcleo vai ser o responsável pela diminuição dos "tremores" identificam a doença de Parkinson.
...Sim parece algo de outro mundo, contudo estas operações já são realizadas a nível nacional com a contribuição de equipas multidisciplinares.
Este mecanismo garante ao paciente uma melhoria enorme nos "tremores" impedindo as quedas constantes e a diminuição da medicação principal, que por sua vez diminui os sintomas secundários que também são bem visíveis. Aqui está um exemplo de sucesso.
Este é simplesmente o começo do próximo passo da nossa evolução, onde o ser humano começa a ser melhorado pela máquina. Este processo será muito beneficiado pela introdução de novos tratamentos onde a tecnologia representa um papel cada vez mais importante.
Contudo, com esta evolução não podemos negar que, com o passar do tempo, estas vantagens sejam utilizadas para fins duvidosos (como é o exemplo da cirurgia plástica) onde o ser humano passa a utilizar estas tecnologias para melhorar e realizar "upgrades" ao cérebro, ou para poder correr mais rápido, ou ver mais longe!
Imaginem que num futuro próximo em vez de tirarem fotos com a câmera fotográfica tiram-nas com a vossa retina, outra possibilidade seria talvez uma equipa de futebol que recebe as suas formações estratégicas diretamente de um chip aumentando assim a sua eficácia como equipa, ou então construir, com a ajuda de implantes cerebrais, o soldado perfeito...
Pois... sei que já estamos a entrar um pouco na ficção científica, mas se pensarmos no que foi inventado e criado desde o início do século XX então não duvido que em dentro de mais um século estejamos a entrar nesta nova era.
Para finalizar, gostavamos mesmo de agradeçer a quem nos segue e perguntar a todos os interessados que temas gostariam de ver aqui debatidos, coloquem comentários e expressem a vossa opinião sobre estes temas, e sobre todos os que já foram debatidos. Ah e partilhem com todos os que possam vir a querer saber mais. ;)
Muito Obrigado e até para a semana
Imaginem que num futuro próximo em vez de tirarem fotos com a câmera fotográfica tiram-nas com a vossa retina, outra possibilidade seria talvez uma equipa de futebol que recebe as suas formações estratégicas diretamente de um chip aumentando assim a sua eficácia como equipa, ou então construir, com a ajuda de implantes cerebrais, o soldado perfeito...
Pois... sei que já estamos a entrar um pouco na ficção científica, mas se pensarmos no que foi inventado e criado desde o início do século XX então não duvido que em dentro de mais um século estejamos a entrar nesta nova era.
Para finalizar, gostavamos mesmo de agradeçer a quem nos segue e perguntar a todos os interessados que temas gostariam de ver aqui debatidos, coloquem comentários e expressem a vossa opinião sobre estes temas, e sobre todos os que já foram debatidos. Ah e partilhem com todos os que possam vir a querer saber mais. ;)
Muito Obrigado e até para a semana
João Pedro Lopes
Estudante Neuropsicologia
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
1400g: é quanto pesa a sua mente!
Olá! Seja bem
vindo!
Espero que a
semana esteja a correr bem e que tenha esse cérebro bem feliz e “em forma”.
Sim, não me enganei! Eu queria mesmo dizer em forma, e já vou explicar porquê!
Uma das
coisas que muitas vezes nos esquecemos no nosso dia-a-dia, é que aquilo que
somos, aquilo que pensamos, e até mesmo tudo aquilo que vemos e sentimos
acontece numa parte muito importante do nosso corpo. Sim, é no nosso cérebro! A
tão aclamada essência do nosso ser, a nossa personalidade, memórias, emoções,
enfim tudo aquilo que faz de nós pessoas, e mais importante que isso, a pessoa
que somos hoje em dia, é devido a essa coisa misteriosa que se encontra na
nossa cabeça e que pouca gente sabe exactamente como funciona.
O cérebro é
o órgão mais complexo do nosso corpo, e apesar de pesar apenas 1400 gramas,
consome cerca de 20% do oxigénio presente nossa irrigação sanguínea total..
nada mal, tendo em conta que esta coisa está aqui quietinha dentro da nossa
cabeça sem fazer nada (hehe)… mas será que a ausência de movimento, implica a
ausência de actividade?
O cérebro é
composto por bilhões de neurónios (uau, são mesmo muitos), todos ligados entre
si por uma complexa rede de conexões! E ao contrário do que algumas pessoas
pensam, não existe uma única zona do nosso cérebro que não tenha uma função -
Apenas utilizamos 10% do nosso cérebro - já ouviu esta frase? Pois bem, se já a
ouviu e conseguiu-se lembrar dela a sua massa cinzenta está a funcionar bem, mas
vou-lhe dar um motivo para a esquecer e afastar para bem longe da sua
consciência, pois na verdade esta expressão é na verdade um mito!
Não existe
uma única zona, um mero milímetro do nosso cérebro que não esteja destinado a
uma função, e isso pode-se observar muito bem quando as coisas correm mal no
andar mais superior do nosso corpo… Por exemplo, quando levamos uma paulada na
cabeça e ocorre o que chamamos de traumatismo crânio-encefálico, a área
cerebral afectada não conseguirá desempenhar a sua função, e isso vê-se ao
nível do comportamento do paciente, que perde capacidades e adquire o que
chamamos de défices (dificuldades ou incapacidades). É interessante ver que um
pequeno exemplo dá para perceber a importância desde pequeno órgão que habita
nas nossas belas cabecinhas.
A capacidade
mais conhecida é, pois claro! A MEMÓRIA! Todos nós queremos mais, e sempre nos queixarmos
quando ela nos falha! Infelizmente, não podemos ir à loja de informática e
comprar mais uns Gigabytes extra, pelo que temos que usar o que temos, o melhor
que podemos. E para isso nada melhor do que treinar (yup!).
Costumo
comparar o cérebro a um músculo, assumindo a máxima “use it, or loose it”. Vamos
então a ver porquê:
Os nossos músculos
precisam de exercício, e precisam de ser utilizados para não atrofiarem e
ficarem fracos. Com os nossos cérebros, passa-se exactamente a mesma coisa, e a
falta de treino é um dos principais factores associados às queixas de memória.
Claro que existem mais factores, mas isso fica para outro post a ser publicado
neste Blog.
Por isso minha
gente, antes de começarem a tomar os comprimidos do elefante que anunciam dar
mais memória às pessoas (grande peta!), poupem esse dinheirinho e invistam em
algo mais produtivo e barato.. Tal como uma revista ou um livro! Além disso, o
saber não ocupa lugar e sempre dá novos temas para partilhar com os amigos do
café, não é?
E assim acabo
o meu primeiro post, mas mais hão-de vir! Estamos abertos a sugestões de temas
e dúvidas, estejam à vontade e não hesitem a comentar esta página.
Abreijos!
Tiago
Medeiros - Estudante de mestrado em Neuropsicologia
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Natureza Humana
Boas
Começo por afirmar que esta é a primeira vez que escrevo um blog, nunca ponderei em por as minhas ideias em palavras com o objetivo de serem partilhadas por quem estiver interessado, pensei que seria um desafio começar a escrever sobre algo que me desafia diariamente, a Psicologia, mais propriamente a Neuropsicologia, a minha área de interesse principal.
Para os que desconhecem o que é a Neuropsicologia então tenho uma simples definição sobre a temática, esta é "O estudo da relação entre o cérebro e o comportamento e vice-versa", isto posto de forma simplista, porque esta área vai para além de uma simples definição.
No entanto penso que em termos de qualidade para um blog poderia ser uma temática muito pesada até mesmo para os mais interessados, por isso pensei em tornar este sítio uma zona onde a Neuropsicologia pudesse explicar os acontecimentos do nosso dia-a-dia. Assim começo por afirmar vários pontos introdutórios e bastante simples sobre a Natureza humana e a Psicologia.
- Ninguém consegue fugir á sua mente;
- O cérebro produz tudo aquilo que somos , mas é aquilo que fazemos com isso que faz de nós o "eu";
- O produto final deste "eu"acaba por indiscutivelmente estar associado ao todo, que é o mundo onde vivemos
4. O ser humano nunca se define na sua totalidade por um conjunto de pontos
Podemos considerar a existência do que acreditamos como a "norma", no entanto estamos rodeados de fenómenos que ultrapassam o normal e que constituem o mundo em que vivemos desde o aspecto mais positivo até à parte mais demoníaca que conhecemos.
Todos os aspectos da nossa vida podem parecer pequenos pormenores insignificantes ao olho nu, mas se pararmos para pensar e tentar perceber do que é que somos feitos então podemos apreciar em que é que consiste a natureza humana.
Então podemos perguntar o que isto de natureza humana, podemos ir até as definições mais profundas e filosóficas para tentar entender esta questão mas continuaremos a sair sem resposta e mais frustrados.
O caminho que cada um percorrer serve de iniciação para podermos tentar entender o que é a naureza humana e no fim, espero, que num suspiro final possamos entender a razão desta nossa natureza.
Isto não indica que somos somente produto de um destino predefinido pelo universo mas sim uma junção do nosso código genético com as experiências partilhadas ao longo da nossa vida. No entanto caros leitores voltamos ao problema inicial onde transformamos a vida humana numa mera frase condicionada pelo que aprendemos na sala de aula.
Por isso desistam (ah isso era o que queriam). Uma das coisas que tenho vindo a descobrir, é que a resposta a essa pergunta vai-nos assombrar até ao final das nossas vidas e não há nada que possamos fazer. Assim as pessoas tentam arranjar respostas para a sua existência, procurando-as na religião, no místico ou na ciência, será que somos todos os filhos de Deus? Será que por trás da natureza humana está uma resposta mais Darwinista? Ou talvez somos apenas uma experiência criada pelos alienistas que nos vigiam por trás das estrelas?
Isto mostra que a psicologia é apenas uma pequena parte do que somos, esta pode ajudar a explicar qual o nosso papel neste mundo, como funcionamos e mais importante o que somos afinal.
Espero que mostrem a vossa opinião sobre o assunto da natureza humana e como é que a definem... se é algo que pensam que conseguem definir ;) .
Mais uma vez agradeço a todos os curiosos que estejam a ler isto e até uma próxima vez
Subscrever:
Comentários (Atom)











