terça-feira, 12 de novembro de 2013

Psi...quê?

Olá! Seja bem-vindo de novo!

Antes de mais gostava mesmo muito de agradecer em meu nome e pelo João pelo apoio que temos recebido e pelo feedback positivo sobre este blog. Não recebemos nada em troca, mas são os gostos, partilhas e os comentários que recebemos que nos alimentam a auto-estima e nos motivam a continuar a desenvolver este nosso pequeno-grande projecto. Por isso e antes de mais, o nosso muito obrigado, fique connosco para mais um tópico interessantíssimo na área da Psicologia!


Hoje gostaria de falar um bocadinho sobre o trabalho desenvolvido pelos Psicólogos. Míticas criaturas, conhecidas pela sua enorme paciência, sabedoria, e uma capacidade extraordinária para encontrar soluções para problemas aonde muitas vezes (aparentemente) não existe saída ou solução possível, em situações difíceis como no âmbito da depressão e suicídio, dor ou doença crónica, entre muitas outras possíveis e imagináveis.

Mas antes de falarmos do trabalho do Psicólogo especificamente, acredito que primeiro temos que rebobinar um bocadinho a cassete e tentar perceber o que é esta coisa da Psicologia. Toda a gente fala ou já ouviu falar sobre ela de uma forma ou de outra, mas ainda existem muitas concepções erradas e mitos que é sempre bom desvendar e clarificar.

Durante séculos, a Psicologia debateu-se com dificuldades em afirmar-se enquanto uma ciência, devido ao seu (complexo e difícil de compreender) alvo de estudo: a Mente Humana. Pois bem, o que até fazia sentido... Se formos a ver, nas ciências empíricas como a matemática, física, química, enfim, existe sempre a necessidade de medir o que estamos a estudar, quantificar, analisar objectivamente… e ai se coloca a questão que durante séculos torturou muitas cabecinhas: «Mas como é possível “medir” a mente humana?»

Pois bem, não sabemos o que o futuro e a evolução da tecnologia nos reservam, mas até ao dia de hoje ainda não somos capazes de medir ou quantificar os nossos pensamentos… de colocar uma ideia, emoção ou sentimento num tubo de ensaio e analisar o seu conteúdo… de olhar a raiva e a tristeza através de um microscópio, e transformar essas emoções negativas em alegria e bem-estar como se de reagentes químicos se tratassem. Mas apesar das limitações que o nosso alvo de estudo nos impõe, isso não constitui impedimento ao Psicólogo comum.

O conteúdo da Mente Humana é inacessível por meios directos, mas o seu fruto... os comportamentos, estes são observáveis, e isso sim dá para “medir”! Houve quem se apercebeu disso, permitindo instituir a Psicologia enquanto a ciência que estuda o funcionamento mental, através do comportamento Humano. 


OK, mas chega de teoria e passemos então à prática! Então afinal o que é, e o que faz um Psicólogo?

Todos nós possuímos uma ideia acerca do que é um psicólogo. No entanto, e devido principalmente à imagem passada pelos meios de comunicação social, é normal que não exista um consenso global sobre a função que ele desempenha. Isso, aliado à multidiversidade de contextos, especialidades, e funções que podem ser desempenhadas por psicólogos não ajuda certamente à árdua tarefa de perceber afinal qual é a sua função… Mas não se preocupe, até eu fico confuso às vezes! Vamos lá tentar então.

A Psicologia insere-se em muitos contextos: comunitária, trabalho e organizações, clínica, neuropsicologia, educacional, gerontopsicologia… enfim! E devido a isso, faz todo o sentido que as pessoas muitas vezes não tenham uma noção muito certa sobre qual é o trabalho do Psicólogo (ora pois, nós somos tantos e fazemos de tudo!).


Na minha opinião, o objectivo do Psicólogo (independentemente da sua especialidade) é permitir ao cliente desenvolver as suas capacidades e aptidões, superar as suas dificuldades, e acima de tudo adaptar-se à adversidade, adquirindo assim um maior nível de bem-estar. De certa forma, é fornecer as “ferramentas” necessárias para ser melhor pessoa… É um amigo, um professor, treinador, mas acima de tudo um agente de mudança, quando ela é necessária e desejada.

E para acabar, quero apenas acrescentar uma coisinha muito rapidinha: Não é preciso estar doente para recorrer ao Psicólogo. Basta apenas pensar que todos nós temos problemas, e de vez em quando é preciso uma mãozinha para ajudar… É uma parte inevitável das nossas vidas, quer queiramos quer não.

E lembre-se, para um Psicólogo não existe um problema sem solução ou caminho sem saída.  Apenas é preciso procurar melhor às vezes. Seja feliz!

Abreijos!
Tiago Medeiros


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