Olá
a todos!
Esperemos
que esteja a ser um bom ano até agora, e que as entradas tenham sido bem
alegres e festivas! Estivemos “fora” durante algum tempinho, mas estamos de
volta com mais temas interessantes e noticias para partilhar convosco!
Neste post gostaríamos
de aproveitar para falar de uma das capacidades que nos caracteriza enquanto
seres humanos, e nos distingue dos restantes animais. Estou a falar da nossa
capacidade de linguagem complexa (ou deveria dizer, linguagens) tendo em conta
que é um fenómeno abrangente e com variadas formas de se demonstrar por todo o
mundo! Só para termos noção, existem cerca de 6.700 línguas diferentes,
espalhadas por todo o mundo, cada uma delas inerente a uma cultura (ou
culturas) específica. No entanto existe muito mais para além da linguagem do
que própria verbalização, ou escrita, e que não é necessariamente inerente a um
povo ou cultura específica.
Bem,
mas vamos começar do principio, antes de mais o que é uma linguagem? Quando
falamos de linguagem, estamos a referir-nos a uma capacidade que todos nós
seres humanos possuímos. Trata-se da capacidade de adquirir e utilizar símbolos
(letras, palavras, sons), e desta forma partilhar significados, informações e
conhecimentos.
-
um emissor;
-
um meio de comunicação;
-
uma mensagem;
-
um receptor;
Caso
falhe apenas um destes elementos, não há partilha da mensagem nem comunicação.
Ora veremos: eu (o emissor) através da escrita deixo nesta página (o meio) um
aglomerado de símbolos que são as letras, organizadas de acordo com um conjunto
de normas e regras que constituem a língua portuguesa.
Neste
momento, você está não só a ler a mensagem que aqui deixamos para si, como está
a compreender o seu significado.
Se
o “Ligações Neuronais” fosse Chinês, continuaria a existir uma mensagem e um
meio, mas a mensagem não seria compreendida pelo seu destinatário, não
existindo assim a comunicação. Por outro lado, também se não existisse um
receptor, alguém que lesse a esta mensagem, também não haveria comunicação... o
que era uma seca e deixar-nos-ia muito tristes…
Resumindo
o que foi dito até agora, a comunicação não é nada mais do que a partilha de
significados, o que é feito através de uma linguagem, um meio, e entre um
emissor e um destinatário.
Mas
está bom de teoria, vamos mas é falar de massa cinzenta! Em termos cerebrais, é
assumido que em 99% das pessoas o hemisfério esquerdo do cérebro é a parte
responsável pela linguagem. Neste contexto, e de forma resumida, destacam-se
duas áreas principais:
-
Área de Broca: dedicada à expressão oral da linguagem oral;
-
Área de Wernicke: dedicada à compreensão da linguagem oral;
Podemos
dizer que no nosso dia-a-dia, são as regiões mais importantes para o
processamento da linguagem oral, compreensão e expressão… mas serão as coisas
assim tão rígidas e lineares? Será que a nossa linguagem é apenas um conjunto
de símbolos, organizados de forma lógica, quase científica? Isso seria muito
aborrecido não seria?
Se
apenas o hemisfério esquerdo participasse nos processos da linguagem, a nossa
comunicação verbal seria muito limitada, monocórdica e sem piada. Pareceríamos
autênticos “robôs”, programados para transmitir ou processar, sem nunca sentir
ou compreender. Lembra-se daquele professor chato que falava sempre no mesmo
tom, sendo impossível permanecer acordado na aula dele? Pois.. seria algo do
género!
É
por isso (e ainda bem) que existe a contribuição do hemisfério direito para o
conteúdo emocional da linguagem falada, conferindo um conjunto de alterações no
timbre, ritmo e volume do discurso, a que chamamos de prosódia. Estas
diferenças conferem uma modulação emocional à nossa mensagem, ou por outras
palavras, dão emoção ao nosso discurso. Mas se formos pensar que apenas
comunicamos através de sons, continuaríamos a ser um pouco limitados no nosso
raciocínio. ;)
A
comunicação é a partilha de significados, certo? Pois bem, quando sorrio, não
estou mostrar satisfação? É um significado que se partilha, uma compreensão que
é comum tanto ao emissor como ao destinatário que observa o sorriso, e que ao
retribui-lo de forma inconsciente, também feliz se sente. Estes são pequenos
exemplos, e são simples comparados com as mais variadas comunicações que
realizamos no nosso dia-a-dia, seja de forma intencional ou não. No entanto, e
apesar de simples, permitem compreender de como é complexa e poderosa a nossa
comunicação, um processo que nos envolve e engloba a nos todos a quase todo o momento.
Na
verdade, até podemos dizer que a comunicação não é apenas uma capacidade. É uma
inevitabilidade. É uma constante das nossas vidas, que nasce connosco e está
presente ao longo das nossas vidas e de muitas formas. É a informação que nos
chega a todo o momento através dos nossos órgãos dos sentidos, e que nós
próprios fazemos chegar aos outros quer queiramos, ou por vezes não… através
das nossas palavras, expressões faciais, tom de voz, postura, e até mesmo pela
nossa maneira de vestir ou andar. Não fosse o Ser-Humano o verdadeiro Ser Social :)
Esperemos
que tenham gostado! Aceitamos todas as sugestões e respondemos todas as dúvidas!
Um
abraço!














