Olá!! =)
Espero que estejam a gostar dos temas que temos trazido para aqui, e não se esqueçam que estão sempre à vontade para fazer pedidos e dar ideias... como o João diz só não damos é $$$ LOOL
Este post que aqui partilho convosco é como
que um desabafo, uma reflexão acerca da prática em psicologia clínica. E nisto
gostaria de partilhar uma frase que li num livro, e que me deu muito que pensar…
Espero que gostem, que nós também gostaríamos muito de ouvir a vossa opinião!!
Ao explorar um capítulo de um livro que desenvolvia a
temática da forma como são efectuados os pagamentos de consultas na prática
clínica privada, deparei-me com uma expressão deveras intrigante e que dá pano
para mangas em termos de reflexão. Remetia para o trabalho do psicólogo, como
se interpretado como a de uma venda de o tempo da vida de uma pessoa para a
escuta e validação das emoções de uma pessoa, o cliente.
“Prostituição emocional”
Era esta a expressão utilizada… E ui, muito
me deu que pensar!
De facto, na prática privada em psicologia,
o psicólogo presta um serviço especializado, pago pelo cliente consoante os
procedimentos realizados, e o tempo despendido neste processo… e ai você diz
“pois.. uma prostituta também!” Mas calma que já explico o meu
descontentamento, pois acredito que esta expressão reflicta a percepção que é
tida por muitas pessoas, em relação aos psicólogos (especificamente os da
prática clínica).
Em geral, quase todos os pacientes que
acompanhei ao longo do meu estágio vinham com uma ideia pré-estabelecida acerca
do trabalho desenvolvido pelo psicólogo. O estereótipo, passemos a palavra, de
que o psicólogo é alguém que está ali para escutar e dar apoio emocional. Até
agora tudo bem, e concordo plenamente com esta parte… O que não concordo passa
pela segunda assunção subjacente a este preconceito, e que se remete para a
passividade com que é visto o trabalho do psicólogo clínico, que apenas serve
para ouvir as pessoas, e que é a partir deste trabalho de escuta que se
desenvolvem os ganhos terapêuticos.
Nenhum psicólogo deve ser visto como um
prostituto emocional, vendendo o seu tempo e atenção em troca de dinheiro… Deve,
sim, desempenhar um trabalho especializado, com uma metodologia própria e nunca
passiva ou inerte. E TRABALHO implica ACTIVIDADE, DINAMISMO!
Um par de ouvidos muito não consegue fazer... Não se faz a mudança pela escuta, mas é através do diálogo e pelo questionamento das crenças do outro, que o podemos levar à mudança, mas não só. Não importa o enquadramento teórico, psicodinâmico, cognitivo ou comportamental, sempre podemos ser guias, professores, encaminhando o paciente para o melhor caminho. Um caminho percorrido pelos que têm a coragem de dizer “SIM, EU QUERO, EU VOU FAZER”.
Concluindo, quero apenas re-afirmar que a
terapia funciona, mas apenas quando Psicólogo e Cliente trabalham em conjunto.
Nunca é um processo unilateral, nunca é passivo. Apenas através da aliança
terapêutica e trabalho cooperativo existe mudança.








